Atendendo um pedido especial estou escrevendo a primeira reflexão do Blog sobre o Segredo de Fátima. Quero lembrar que é um assunto polêmico e delicado. Nas últimas três décadas muito se falou acerca deste segredo, principalmente sobre a terceira parte dele. Não quero polemizar o tema. Apenas citarei e discorrerei sobre o conteúdo divulgado oficialmente pelo Vaticano.
Em várias partes do mundo há relatos de aparições de Nossa Senhora. Muitas delas ainda não foram confirmadas pela Igreja Católica como sendo verídicas. Enquanto a Igreja não se pronuncia sobre tais aparições, devemos nos ater a outras devoções. A mais conhecida de todas elas aconteceu na cidade de Fátima, em Portugal. Foram seis aparições (13 de maio, 13 de junho, 13 de julho, 15 de agosto, 13 de setembro e 13 de outubro), todas no ano de 1917. Nossa Senhora apareceu a três irmãos, três crianças, pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, pela primeira vez em 13 de maio. Pediu que as crianças não tivessem medo dela e que a ouvissem. Em seguida, realizou as demais aparições. No dia 13 de julho do mesmo ano, data da terceira aparição, Nossa Senhora revelou o Segredo de Fátima aos três pastorinhos. Ainda no ano de 1917, em 13 de outubro, data da sexta e última aparição dela, aproximadamente 60 mil pessoas presenciaram um milagre, na presença das três crianças: foram testemunhas de um deslocamento do sol, no céu, perto de meio-dia, girando e se movendo em várias direções, voltando à posição de origem minutos depois. Uma prova física aos presentes para que cressem e dessem testemunho em favor das crianças que afirmavam receber as visitas de Nossa Senhora, que passou a ser venerada, primeiro em Portugal, posteriormente em todo o mundo, com a nomenclatura de Nossa Senhora de Fátima.
Jacinto e Francisca faleceram bem jovens e Lúcia, recentemente. Os três já foram Beatificados pela Igreja, em reconhecimento pela veracidade dos fatos relatados por eles e reconhecidos pela Santa Sé como verdadeiro sinal de Deus para a humanidade em tom de penitência e conversão.
Irmã Lúcia revelou o segredo, anos mais tarde, contando apenas a primeira e a segunda parte, dizendo: “o Segredo consta de três coisas distintas”, que são:
1ª parte – a visão do inferno;
2ª parte – a punição do mundo;
3ª parte – a crise da Igreja.
Vejamos como Irmã Lúcia descreve cada parte do segredo:
“1ª parte do Segredo: Bem, o Segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar. A primeira foi, pois, a vista do inferno! Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas dos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa boa Mãe do Céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu (na primeira aparição). Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor.
2ª parte do Segredo: Em seguida, levantamos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: ‘Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para salvá-las Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para impedi-la virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O “Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.”.
Antes de citar a terceira e última parte do Segredo, vamos observar um trecho muito importante para nós: “O meu Imaculado Coração Triunfará”. Qual o significado disso? O que Nossa Senhora quis dizer com estas palavras? O fiat de Maria, seu Sim pleno e total à obra de Deus, permitiu que nosso Salvador viesse a esse mundo para nos libertar das prisões do pecado e da morte. Deus se compadece do homem e manda Seu próprio Filho para nos libertar. Aliado ao momento em que Jesus nos entrega a proteção maternal de Maria, aos pés da Cruz (Jo 19, 25-27), o Senhor vem nos encorajar a seguir firmes na fé, fiéis a Ele e Sua Igreja, sem desviar do caminho que nos leva a Salvação. Assim, tomamos as palavras de Cristo, reveladas no Evangelho de São João: “Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Porque Jesus venceu o mundo, Sua Mãe, que também é nossa, pelo amor misericordioso, triunfará diante de todos os males e sofrimentos e diante da visão temerosa que as três crianças tiveram em Fátima.
“3ª parte do Segredo: Escrevo em ato de obediência a Vós, Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe. Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda. Ao cintilar, despedia chamas que pareciam incendiar o mundo. Mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: o Anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte, disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa, que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de branco. Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subiram uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos, como se fora de sobreiro com a casca. O Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade, meio em ruínas, e, meio trêmulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho. Chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns atrás dos outros, Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos, cada um com um regador de cristal na mão. Neles, recolhiam o sangue dos Mártires e, com ele, regavam as almas que se aproximavam de Deus“.
Segunda a interpretação da Igreja e da própria Irmã Lúcia, a terceira parte da visão refere-se à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os Cristãos e que o personagem principal da visão é o Santo Padre, o Papa João Paulo II, que em 1981 sofreu um atentado. Em encontro realizado em 27 de abril de 2002, em Coimbra, Portugal, com o Presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, à época, Dom Serafim de Sousa Ferreira, também Bispo de Leiria-Fátima, ao ser perguntada se a visão referia-se ao Papa ela responde que sim e recorda que os três pastorinhos sentiam muita pena pelo sofrimento do Papa e que Jacinta repetia: “coitadinho do Santo Padre... tenho muita pena dos pecadores”. E acrescenta que eles não sabiam o nome do Papa, mas sabiam que era ele que sofria e isso os fazia sofrer também. Quanto ao Bispo vestido de branco, isto é, o Papa, que é ferido de morte e cai por terra, Irmã Lúcia concorda plenamente com a afirmação do próprio João Paulo II: “Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre agonizante deteve-se no limiar da morte”.
Enfim, as aparições de Fátima são até os dias de hoje uma grande graça para a Igreja, pelo alerta e pelas mensagens que nos foram reveladas e pela belíssima devoção ao Imaculado Coração de Maria que foi entregue aos homens como alternativa de conversão e bênção.
Diante de qualquer problema ou sofrimento em sua vida lembre-se que Jesus venceu o mundo e que Maria triunfará. E que tudo isso é Amor Divino por nós. O amor de um Deus que se compadece com o sofrimento de Seu povo e que está sempre com Suas Mãos estendidas a nós para nos socorrer.
Paz e bem!
8 de abril de 2009
O Segredo de Fátima
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